quarta-feira, 13 de junho de 2007

Pet Shop Girafinha, Lda

Depois de algum tempo no silêncio, posso informar-vos que o projecto no qual tenho estado envolvido, está com pernas para andar, apesar de todas as contrariedades e dificuldades inerentes a uma actividade que está no início.

Como alguns já deverão saber, trata-se de uma loja de comércio e serviços para animais, vulgo "pet shop", em Carcavelos, sociedade com a minha namorada.
A loja está bem localizada, era já uma pet shop, ou seja, é fruto de um trespasse. Tem dado muito trabalho, e ainda vai dar água pelas barbas! Mas, confesso que, a sensação de estar a investir e a dedicar-me a algo que será o meu negócio, é realmente muito gratificante.

É uma sensação que corre sempre lado a lado com a de algum medo e receio por algo que possa sair mal, mas, como em qualquer negócio, o risco é uma constante. Daí que, no meio créditos, orçamentos, prazos, fornecedores, etc, já dou por mim a fazer contas de cabeça e a acordar a pensar em como vou dar a volta a este ou aquele problema. Para mim é tudo muito novo...

Uma coisa vos digo: quando há dinheiro com fartura, tudo é muito mais fácil. Quando temos de o esticar até ao limite e contorcermo-nos para pôr a máquina a andar, aí é que são elas! Quando há capital, é realmente muito mais fácil. Já diz o povo que: "o que custa é o primeiro milhão!"

Mas a coisa devagarinho vai lá. Pode não ser tão rápido quanto pensava, mas os atrasos ao início são sempre um clássico, e quando se mete férias, mais ainda!
E as burocracias?.... já tinha uma pequena idéia das dificuldades e obrigações enquanto empresa, mas quando somos nós a lidar com a realidade é que nos apercebemos que essa história do "Empreendorismo" é coisa só para chinês!

Hoje deu-me gosto receber as duas primeiras cartas em nome da empresa. Era palha, ofertas de serviços e similares, mas deu gosto!
Trabalhar para nós próprios sabe bem, mas tem um preço elevado. A responsabilidade é grande. Iniciamos o mês já a pensar nas contas a pagar nos 30 dias que se subseguem, ao invés de pensar no ordenado, que é o normal para quem trabalha por conta de outrém. O Sócrates não facilita nada e, como tal, estamos sempre a pagar. Para ser patrão há que ser um tanto ao quanto masoquista, é realmente a conclusão a que se chega...

Espero sinceramente que consiga executar tudo a que me propus, se bem que estou consciente das dificuldades.

Beijocas e Abraços
Gonça